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Ingerimos muito mais açúcar do que precisamos e o hábito começa logo no primeiro ano de vida. Mas o que é doce pode vir a “amargar”, e muito, a nossa saúde.
Começa logo com o primeiro leite de vaca – publicitados como tendo inúmeras propriedades benéficas -, seguem-se as papas infantis, os cereais, as bolachas, os iogurtes, as barritas e os snacks, embrulhados com desenhos coloridos e apelativos. Não só sabem bem como vão habituando as pupilas gustativas a um nível de doçura que depois custa contrariar. Da infância à juventude e idade adulto, ingerimos, por regra, mais açúcar do que aquele que preciso para o nosso organismo funcionar, com riscos graves para a nosso saúde. Obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares são algumas das doenças associadas a um consumo excessivo de açúcar e surgem em faixas etárias cada vez mais jovens.
“Infelizmente, muitos dos produtos alimentares vocacionados para as crianças têm um valor excessivo de açúcar. Bolachas “normais” podem ter um teor de açúcar de 15 gramas por 100 de produto, enquanto bolachas infantis , produzidas pela mesma empresa mas em embalagem dirigida a crianças , chegam a ter 20 gramas de açúcar por cad 100 de produto,” diz Elsa Feliciano, nutricionista do Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Centro.
Com os iogurtes – entendidos como alimento bastante saudável – também é preciso ter cuidado. “Há excelentes iogurtes, mas é preciso escolhe-los. É difícil encontrar algum iogurte infantil que tenha na embalagem menos de 20 gramas de açúcar (equivalente a quatro pacotes de açúcar para café), quando o ideal seria cinco seis gramas” repara a nutricionista.
À pessoa que habitualmente faz as compras para casa, a nutricionista deixa uma dica escolher: uma gama de produtos em cada deslocação ao supermercado e, comparando os valores nos rótulos, eleger or produto menos doce, mas saudável e melhor para si; dos iogurtes aos cereais, bolachas, sumos e por aí for a. A especialista da ARSC lembra que há açúcar “escondido” em diversos produtos – alguns menos óbvios como por exemplo um bacalhau com natas pré-confeccionado – que ele pode ter vários nomes: açúcar invertido, glicose, frutose, maltodextrose, melaço, etc.
Elsa Feliciano não só frisa que “o açúcar cria dependência” como explica que “o nosso organismo não está preparado para utilizar o açúcar nas quantidades em que o consumimos”. “Um adulto tem, em média, o equivalente a cinco gramas de açúcar a circular no seu sangue e o normal numa criança são 2,8 de 3 gramas. Imagine-se o impacto que tem o consumo de um refrigerante ou de um bolo que podem conter 40 gramas de açúcar”, refere. Se o fizermos pontualmente – nos tais “dias de festa” – o organismo encarrega-se de digerir; mas se formos somando doces ao longo do dia, e todos os dias … há graves riscos para a saúde.
A nutricionista alerta para outro efeito perverso: “o consumo recorrente destes alimentos açucarados substitui o de alimentos que seriam muito mais importantes do ponto de vista nutricional, nas crianças e em qualquer faixa etária”. É o caso do pão, da fruta ou mesmo do leite, que tradicionalmente compunham a lancheira das crianças.
Ilídia Duarte, coordenadora do Programa de Alimentação Saudável da ARSC, lembra que o excesso de açúcar/calorias alia-se hoje perigosamente ao sedentarismo e que problemas de excesso de peso, obesidade e até diabetes tipo 2 começam a surgir em faixas etárias cada vez mais jovens.
Promover uma maior literacia da população relativamente à escolha dos produtos e leitura dos rótulos, educar e promover hábitos saudáveis junto das crianças e trabalhar com a indústria alimentar no sentido de uma redução dos teores de açúcar e da melhoria da rotulagem são áreas que, de acordo com Ilídia Duarte, médica de Saúde Pública quer o Ministério da Saúde, quer a Direcção-Geral de Saúde tem vindo a desenvolver nos últimos anos.
Source: Diário de Coimbra • 26-03-2016
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